quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Das recordações

Chá de cidreira com mel leva-me sempre a S. João da Madeira e a dias de chuva, muitas das vezes com a roupa molhada no corpo a causar desconforto. Chá de cidreira com mel será sempre conforto. Agora também.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Do tempo que passa

Há muito que se impõem dias novos. Estou can.sa.da de rever estes dias de Abril. Apetece-me algo novo. Algo entre o vermelho e o dourado, com sabor quente aos primeiros dias do Outono. Algo que engane o desencanto.

...

o Verso em Branco tem-se feito de rascunhos que ficam presos do lado de cá. muitas vezes ficam frases a meio. outras tantas vezes só fica o título abraçado a uma data. e estas metades acabam por conter a história toda, que depois se compõe, completa, na minha cabeça. viajei.

terça-feira, 7 de abril de 2020

Destes dias de Abril de 2020

Estou cansada de escrever "COVID". Até já estou cansada de escrever 19, vejam lá.

Estou cansada de fazer comunicados e no minuto a seguir ter de os desdizer e fazer outro... e ter depois de o desdizer, também. Estou cansada de marcar cenas e no minuto a seguir ter de as desmarcar. Estou cansada de tantas rasteiras. Estou cansada de pedir desculpas por coisas de que não tenho culpa nenhuma e que, ainda assim, impõem um pedido de desculpas. Estou cansada de (quase medigar) pedir favores que de "favor" nada têm. Estou cansada desta nuvem tão - tão, tão, tão - negra que paira sobre os nossos dias e tira o brilho do nosso olhar. Estou cansada de escrever lay-off e só o escrevo intensivamente há 5 dias. Estou cansada de ver os nossos artistas maiores - os da ribalta e os do coração - a verem as suas vidas suspendidas. Estou cansada de ver tudo em suspenso: assim é que é.

Na verdade ninguém está tão bem quanto imagina. Ainda que imagine que não está lá muito bem.

Passei a dar um novo sentido ao que já existia: uma música, um poema, uma palavra. Tudo de repente parece ter sido criado à medida destes dias novos. Qual criador visionário. É nestas alturas - e sem saber se são de tristeza, de melancolia, de saudade, ou até de alegria - que as minhas lágrimas se desprendem e se dá a minha purga. Até aqui tinha hora e local marcados para esta purga, que me começa a parecer fulcral: 8h45m, vinte minutos de viagem de carro, de casa para o trabalho, dia sim/ dia não. Também esta rotina acabou. Por agora. Pelos próximos dias.

Pelo meio destas palavras a notícia de uma família que passa pelas agruras deste vírus que nos virou a vida do avesso. Felizmente estão relativamente bem e em casa.

Agora mesmo um e-mail traz a notícia de mais um positivo entre os colegas de trabalho. Felizmente todos relativamente bem.

Pelo meio do meu dia, palavras sofridas de gratidão por pagamentos que continuam a ser feitos sem se usufruir plenamente dos serviços. Como me disseram, "é nestas alturas que se revela o melhor e o pior das pessoas". Já usei esta expressão antes. Acredito nela piamente. Rendas que não se conseguem pagar. Negócios feitos de sonhos que talvez não consigam resistir.

Estou cansada.

A seguir a estas palavras, talvez um sentimento novo. Recuperado, a custo, por esta nova forma de purga.

Há-de ficar tudo bem. Não tão bem como desejaríamos. Não tão depressa quanto desejaríamos.

Continuo a acreditar muito e a sonhar. E a voltar, sempre que posso, para o meu "país das maravilhas".

sábado, 28 de março de 2020

Das emoções de um dia dos finais de Março de 2020

Eis a grande emoção do dia: o João juntou um fiinho de café de filtro ao leite e ficou eufórico pelo seu primeiro "pingo". O próximo passo será, quando crescer, poder tomar uma chávena grande... 

Sim, João, claro. Depois podes tomar uma "meia de leite". Mas a reacção não se faz esperar: Não, não, o que eu quero tomar é uma de leite.
(piada subtil, contudo boa!)

sábado, 11 de janeiro de 2020

Dos 'coseres'

Quando os 3 estávamos a jogar 'gestos', e depois de uma pista certeira, eis que eu exclamo: "Eu sei distinguir os coseres"!
😋👍

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Das palavras, da imaginação e da loucura

Acabam de me dizer: "às vezes faltam-me palavras". Respondo sem sombra de hesitação: "olhe, a mim sobram-me".

(e sobram. tantas. sei que têm lugar na minha vida mas perdem-se "na terra de ninguém". a "louca da casa" dá cabo de mim!)

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Do que há a mudar

O mundo precisa de culpas. Precisa de culpados e coisas - coisas várias, de qualquer tipo e feitio: serve tudo! - para poder dizer mal. Esgrimem-se argumentos inflamados e crucificam-se os "culpados". Já verdadeira vontade de fazer melhor e de que tudo corra bem para apenas se poder aplaudir - e já agora, aplaudir o que já está bem - é que vejo muito pouco. É pena!

Já agora, na Sexta-feira passada fiz mais uma amiga: Sara, 8 anos. Parece que é com as crianças que me entendo melhor!