sexta-feira, 31 de julho de 2015

Das perseguições

Há coisas que me perseguem tanto quanto eu fujo delas; se calhar até me perseguem mais porque eu fujo delas, deve ser isso!

(actualização de fichas bancárias: mais, NÃO!)

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Dos sonhos de uma noite de Verão

E hoje temos cá por casa um aspirante a baterista!

O João conquistou as suas baquetas e está eufórico. Os "espectáculos" sucederam-se em catadupa e na hora de ir dormir tive de vestir a pele de má da fita (até me custa acreditar que o fiz!) e de lhe dizer "João, nem mais uma música!". Esqueci-me - esqueço-me sempre - que do outro lado estava um sedutor... "mãe, mas nem sequer uma musiquinha de boa noite?" E quem resiste a isto? Eu não!

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Das expressões que se adaptam a nós

Ou que o João adopta de uma forma muito própria: "infinitos mais além"!

(e dá para tudo o que não tem fim!)

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Das confusões (que nem sequer são da fonética!)

A propósito de umas ideias que ando aqui a tecer, hoje abordei o João sobre voluntariado. Ao introduzir o assunto pergunto: "João, tu sabes o que é voluntariado? Já ouviste falar?" Ao que responde de imediato: "Não! Mas sei o que é barro."

(muito bem, filho, só que não tem nada a ver!)

segunda-feira, 20 de julho de 2015

De uma outra perspetiva de sorte

Ontem o João foi comigo levantar dinheiro ao MB: de facto é algo que fazemos poucas vezes juntos, pelo simples facto de ser algo que faço poucas vezes! Levantei € 20,00 e o João pediu-me para ser ele a tirar o dinheiro, quando viu € 20,00 ficou mesmo feliz... "olha, mamã, € 20,00! Nada mau!", como se isto fosse tal e qual uma roleta!

Das novas leituras

Ontem ao final do dia fizemos uma sessão de leitura em conjunto - cada um de nós com o seu livrinho; o João ditou as regras: "nós vamos ler mas não é para ler, ok? nos vamos olhar para as frases e passa-se tudo na nossa imaginação, percebem?"

(foi portanto uma leitura silenciosa: algo que o João está prestes a descobrir e à qual fez uma aproximação certeira e deliciosa! gostamos muito, filho!)

sábado, 11 de julho de 2015

Da lógica

Apesar das camisas serem uma novidade na vida do João ele continua animado com o seu uso; a animação é de tal ordem que noutro dia nos fez a descrição detalhada de como e quando vestiu a camisa branca: "... e até pus as cuecas por dentro!" (!?!?!?) Face à admiração, esclareceu: "assim, estão a ver? Também podia ter posto as cuecas por fora!"!

(tem lógica, filho, mas a isso chamamos a 'fralda da camisa'!)

terça-feira, 7 de julho de 2015

De quando a ternura (ou a misericórdia!) se manifestam

É incontornável: o João tem de estar sempre a pedinchar qualquer coisa que "é muito importante" para ele e na qual ele não consegue "deixar de pensar". Desta vez nem interessa o que é, tal o disparate, mas enfim...

Lá saquei eu da minha pedagogia e comecei a pregar no deserto: olha João, vou contar-te uma coisa que acho que nunca te contei; quando eu era pequenina gostava muito de lápis de cor e olha que eu não conseguia parar de pensar nos lápis de cor - tu sabes que ainda hoje eu gosto muito de lápis de cor, não sabes? (aceno firme!) Olha que eu tinha de esperar muito tempo para a avó Gusta me dar os lápis de cor e olha que eu só recebia uma caixinha de 6!

É aqui que ele sai disparado de perto de mim e aparece com 2 caixinhas de lápis de cor: olha, mãe, como eu gosto muito de ti e do pai vou dar-vos uma caixinha de lápis de cor a cada um!


(ternura?! misericórdia?! chantagem que seja, whatever, é tão bom!)

Dos omnis desta vida

"Mãe, olha só o desenho que eu fiz hoje: ainda falta acabar! Sou eu e a L., no planeta terra, e isto aqui (colagem amarela) é um omni" (é o quê, João?) "Um omni, é uma coisa do espaço!"

(ok, estou esclarecida! o pior é que ele nunca mais vai dizer "omni" porque já sabe que é um ovni!)

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Das minhas "coisas"

Tenho uma "coisa" comigo que não me deixa abstrair de problemas que não são meus: sejam eles grandes ou pequenos, não sou selectiva. Última provação: um livro acabado de receber, deixado ao acaso numa mesa controlada por miúdos e onde reinavam a balburdia e água - muita água. Eu não tinha oferecido o livro; eu não tinha recebido o livro mas só descansei quando o salvei, já com a capa vencida pela água.

(e é nestas alturas que eu penso: mas será que sou só eu que estou a ver!?)

Do futuro

Querido João,

Sei que és feliz, sei que o sabes e isso permite-me deixar-te esta mensagem para o futuro.

Hoje, pela primeira vez, vi-te chorar de tristeza e o meu coração ficou do tamanho de um grão de areia; hoje vi-te chorar de tristeza e eu chorei contigo por ver cair por terra o meu sonho - impossível - de te poupar a todas as tristezas desta vida. Saberás um dia da insignificância desta dor que hoje é a tua, mas não consigo - não sei - antecipar-te esse saber. Saberás um dia que aquilo que te dizem é uma pequena sombra do que é o teu verdadeiro sentir. Saberás um dia que o que hoje te digo são certezas absolutas: que tu "és do tamanho do que vês e não do tamanho da tua altura"; que tu és maior do que os teus sonhos e que eles cabem todos em ti; que tu és único e especial: muito especial!

(e vou dizer-te isto ao ouvido todos os dias, até que o descubras por ti.)

Beijinhos,
Da mamã