quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Dos "zero anos"

O João, ontem à noite, num momento de inspiração: "mamã, sabes porque é que os bebés quando estão na barriga das mães têm "zero anos"? Porque lá dentro não tem bolo de aniversário, claaaaaro!"

(what, filho?!?!)

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Das ameaças (e das consequências)

Tenho para comigo que - muitas das vezes - a chave que medeia decisões ponderadas passa por uma breve viagem ao nosso passado: "o que é que eu fiz (ou teria feito) com esta idade e quais foram (ou teriam sido) as consequências?"; "o que é que eu gostava que tivesse acontecido nesta situação?". Parece demasiado simples para resolver o que quer que seja mas - muitas das vezes - as perguntas que precisamos fazer para decidir, passam por simples perguntas como estas!

Uma situação que presenciei ontem fez-me recuar 22 anos e ir até Aveiro, aos meus tempos de caloira; havia uma "ordem" permanente: "caloiros, andem sempre com o fato-de-banho pois quando menos esperarem vão tomar banho à ria!" - ou não estivéssemos em Aveiro. Resumindo: nunca levei o fato-de-banho mas quando a situação era referida criava em mim, reconheço, alguma ansiedade. Hoje recordo isto e penso: "que disparate ficar ansiosa com aquilo", mas, naquela altura/situação, foi assim! Tinha 18 anos, aguentei bem com aquela ansiedade e só a vivia por uma decisão minha, mas considero importante que se enquadrem bem este tipo de ameaças nas diferentes faixas etárias... é que há ansiedades e ansiedades e há responsáveis e responsáveis!

(não gosto nada de ver crianças ouvirem ameaças que não compreendem.. nem conseguem resolver!)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Das referências para a vida

Querido João,

Entre nós estão 35 anos: serão sempre 35 anos mas nunca como agora, num tempo em que a vida para ti se traduz em puro prazer - e apenas isso -, um prazer já consciente mas imune a preocupaçoes e chatices de qualquer ordem.

Há coisas que tenho de te dizer agora. Hoje.

Quero que saibas que és uma criança Feliz. Que és o melhor bocadinho de mim. Que és a minha imagem viva de Paz. Que és um ser completo, nas tuas imperfeições. Quero que aprendas um lema de vida: aconteça o que acontecer, filho, diverte-te. Vive e deixa viver. Nunca desistas de um sonho: vai dar muito trabalho mas luta sempre - sempre - com todas as tuas forças. Ah, e não te esqueças de manter esse sorriso rasgado que te ilumina o olhar e te marca essas "covinhas" de Felicidade!

Guarda tudo isto no lugar onde guardas o que te é mais precioso: "no coração e na pontinha do arco-íris".

Beijinhos da mamã.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Das evidências

Rendo-me: afinal o tempo não é infinito e as minhas forças não são ilimitadas!

(e foram precisos 40 anos para "dar o braço a torcer"!)

domingo, 9 de novembro de 2014

Da matemática caseira (ou doceira)

Ontem à tarde fizemos um bolo; da massa separamos 4 queques. Na hora de partir o bolo apenas 1 queque apareceu no tabuleiro e foi altura do João começar a fazer contas... num raciocínio rápido e bem lógico: "pai, este queque é para ti, ainda não comeste nenhum... ei, esperem, quem é que comeu 2? (apanhada) Oh mãe, para a próxima é melhor fazeres 6!" Para confirmar perguntei porquê e a resposta não se fez esperar: "para dar 2 para cada um!"

(e assim se somou, subtraiu e dividiu... pelo menos!)

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Da falta de nexo

Aquele momento em que te arrependes das últimas palavras verbalizadas e pagas esse arrependimento com 1/2 hora de um monólogo que nada te diz!

(e silencias, por falta de receptor, as respostas que darias às perguntas colocadas em modo monólogo!)

Dos desejos partilhados

Ontem de manhã passava os olhos por algo que até gostava de ter e pergunta-me o João: "mamã, queres que eu te dê?". Como era algo simples e alcançável por ele, lá concordei: "gostava muito, João". Rapidamente reequacionou a sua intenção e informou-me: "olha, é melhor pedires ao Pai Natal porque eu não sei onde é que se compra!"

(acho que vou esperar até seres capaz de fazer essa compra!)