sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Das ameaças (e das consequências)

Tenho para comigo que - muitas das vezes - a chave que medeia decisões ponderadas passa por uma breve viagem ao nosso passado: "o que é que eu fiz (ou teria feito) com esta idade e quais foram (ou teriam sido) as consequências?"; "o que é que eu gostava que tivesse acontecido nesta situação?". Parece demasiado simples para resolver o que quer que seja mas - muitas das vezes - as perguntas que precisamos fazer para decidir, passam por simples perguntas como estas!

Uma situação que presenciei ontem fez-me recuar 22 anos e ir até Aveiro, aos meus tempos de caloira; havia uma "ordem" permanente: "caloiros, andem sempre com o fato-de-banho pois quando menos esperarem vão tomar banho à ria!" - ou não estivéssemos em Aveiro. Resumindo: nunca levei o fato-de-banho mas quando a situação era referida criava em mim, reconheço, alguma ansiedade. Hoje recordo isto e penso: "que disparate ficar ansiosa com aquilo", mas, naquela altura/situação, foi assim! Tinha 18 anos, aguentei bem com aquela ansiedade e só a vivia por uma decisão minha, mas considero importante que se enquadrem bem este tipo de ameaças nas diferentes faixas etárias... é que há ansiedades e ansiedades e há responsáveis e responsáveis!

(não gosto nada de ver crianças ouvirem ameaças que não compreendem.. nem conseguem resolver!)