segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Das mudanças

Tenho andado a olhar aqui para o blog com um misto de sentimentos: tanta coisa para contar - e uma vontade tremendada de escrever - e sinto que (já) não é aqui o sítio certo. As aventuras do João andam agora por outras paragens e o registo delas também vai mudar de sítio... talvez compre um caderno novo ou então volto ao de capas cinzentas. Já decidi: vou voltar ao de capas cinzentas depois de decorar a capa! 😉

Voltarei aqui sempre que me apetecer, mas sendo para falar de mim - aviso já - isto não vai ter piada nenhuma!

domingo, 20 de setembro de 2015

Das artimanhas do João

E quando este sinal aparece propositadamente no teu caminho para que o infrinjas e sejas multada?

(a isto eu chamo uma grande cilada!)

sábado, 12 de setembro de 2015

Dos novos desafios

Aos seis anos os desafios são mais do que muitos - todos servidos em doses concentradas - e eu sinto que todos os dias sou avaliada enquanto mãe: vamos lá ver agora - agorinha - o que é que andaste a fazer nestes últimos seis anos!?! Tudo passa por um crivo muito fino, tal qual um exame de alto gabarito! Acho que o desafio de hoje foi ultrapassado, mas apenas acho porque já poucas certezas tenho!

E amanhã será um novo dia!

(as pernas andam bambas e doem-me, assim na zona dos joelhos como se agora lá se escondesse o meu coração depois de ter fugido de medo aqui de dentro do peito!)

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Do falar a cantar

Jo-o-ão, di-i-z-me, porque é que ago-o-ra falas a can-ta-a-a-ar?!

(e a dançar!?!")

domingo, 16 de agosto de 2015

Das sardas

E chegou a altura do ano em que as minhas sardas se revelam: gosto tanto delas!

sábado, 1 de agosto de 2015

Do dinheiro (e de uma certa forma de felicidade)

Quem, como eu, trabalha na área financeira sabe bem a importância do dinheiro: a importância de garantir o cumprimento de todas as responsabilidades. Hoje sai do trabalho mesmo satisfeita e uma colega, numa saída bem humorada e bem apanhada, lembrou-me aquilo que tantas vezes nego: "afinal o dinheiro sempre traz felicidade!"!

(pois I., afinal parece que sim!)

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Das perseguições

Há coisas que me perseguem tanto quanto eu fujo delas; se calhar até me perseguem mais porque eu fujo delas, deve ser isso!

(actualização de fichas bancárias: mais, NÃO!)

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Dos sonhos de uma noite de Verão

E hoje temos cá por casa um aspirante a baterista!

O João conquistou as suas baquetas e está eufórico. Os "espectáculos" sucederam-se em catadupa e na hora de ir dormir tive de vestir a pele de má da fita (até me custa acreditar que o fiz!) e de lhe dizer "João, nem mais uma música!". Esqueci-me - esqueço-me sempre - que do outro lado estava um sedutor... "mãe, mas nem sequer uma musiquinha de boa noite?" E quem resiste a isto? Eu não!

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Das expressões que se adaptam a nós

Ou que o João adopta de uma forma muito própria: "infinitos mais além"!

(e dá para tudo o que não tem fim!)

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Das confusões (que nem sequer são da fonética!)

A propósito de umas ideias que ando aqui a tecer, hoje abordei o João sobre voluntariado. Ao introduzir o assunto pergunto: "João, tu sabes o que é voluntariado? Já ouviste falar?" Ao que responde de imediato: "Não! Mas sei o que é barro."

(muito bem, filho, só que não tem nada a ver!)

segunda-feira, 20 de julho de 2015

De uma outra perspetiva de sorte

Ontem o João foi comigo levantar dinheiro ao MB: de facto é algo que fazemos poucas vezes juntos, pelo simples facto de ser algo que faço poucas vezes! Levantei € 20,00 e o João pediu-me para ser ele a tirar o dinheiro, quando viu € 20,00 ficou mesmo feliz... "olha, mamã, € 20,00! Nada mau!", como se isto fosse tal e qual uma roleta!

Das novas leituras

Ontem ao final do dia fizemos uma sessão de leitura em conjunto - cada um de nós com o seu livrinho; o João ditou as regras: "nós vamos ler mas não é para ler, ok? nos vamos olhar para as frases e passa-se tudo na nossa imaginação, percebem?"

(foi portanto uma leitura silenciosa: algo que o João está prestes a descobrir e à qual fez uma aproximação certeira e deliciosa! gostamos muito, filho!)

sábado, 11 de julho de 2015

Da lógica

Apesar das camisas serem uma novidade na vida do João ele continua animado com o seu uso; a animação é de tal ordem que noutro dia nos fez a descrição detalhada de como e quando vestiu a camisa branca: "... e até pus as cuecas por dentro!" (!?!?!?) Face à admiração, esclareceu: "assim, estão a ver? Também podia ter posto as cuecas por fora!"!

(tem lógica, filho, mas a isso chamamos a 'fralda da camisa'!)

terça-feira, 7 de julho de 2015

De quando a ternura (ou a misericórdia!) se manifestam

É incontornável: o João tem de estar sempre a pedinchar qualquer coisa que "é muito importante" para ele e na qual ele não consegue "deixar de pensar". Desta vez nem interessa o que é, tal o disparate, mas enfim...

Lá saquei eu da minha pedagogia e comecei a pregar no deserto: olha João, vou contar-te uma coisa que acho que nunca te contei; quando eu era pequenina gostava muito de lápis de cor e olha que eu não conseguia parar de pensar nos lápis de cor - tu sabes que ainda hoje eu gosto muito de lápis de cor, não sabes? (aceno firme!) Olha que eu tinha de esperar muito tempo para a avó Gusta me dar os lápis de cor e olha que eu só recebia uma caixinha de 6!

É aqui que ele sai disparado de perto de mim e aparece com 2 caixinhas de lápis de cor: olha, mãe, como eu gosto muito de ti e do pai vou dar-vos uma caixinha de lápis de cor a cada um!


(ternura?! misericórdia?! chantagem que seja, whatever, é tão bom!)

Dos omnis desta vida

"Mãe, olha só o desenho que eu fiz hoje: ainda falta acabar! Sou eu e a L., no planeta terra, e isto aqui (colagem amarela) é um omni" (é o quê, João?) "Um omni, é uma coisa do espaço!"

(ok, estou esclarecida! o pior é que ele nunca mais vai dizer "omni" porque já sabe que é um ovni!)

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Das minhas "coisas"

Tenho uma "coisa" comigo que não me deixa abstrair de problemas que não são meus: sejam eles grandes ou pequenos, não sou selectiva. Última provação: um livro acabado de receber, deixado ao acaso numa mesa controlada por miúdos e onde reinavam a balburdia e água - muita água. Eu não tinha oferecido o livro; eu não tinha recebido o livro mas só descansei quando o salvei, já com a capa vencida pela água.

(e é nestas alturas que eu penso: mas será que sou só eu que estou a ver!?)

Do futuro

Querido João,

Sei que és feliz, sei que o sabes e isso permite-me deixar-te esta mensagem para o futuro.

Hoje, pela primeira vez, vi-te chorar de tristeza e o meu coração ficou do tamanho de um grão de areia; hoje vi-te chorar de tristeza e eu chorei contigo por ver cair por terra o meu sonho - impossível - de te poupar a todas as tristezas desta vida. Saberás um dia da insignificância desta dor que hoje é a tua, mas não consigo - não sei - antecipar-te esse saber. Saberás um dia que aquilo que te dizem é uma pequena sombra do que é o teu verdadeiro sentir. Saberás um dia que o que hoje te digo são certezas absolutas: que tu "és do tamanho do que vês e não do tamanho da tua altura"; que tu és maior do que os teus sonhos e que eles cabem todos em ti; que tu és único e especial: muito especial!

(e vou dizer-te isto ao ouvido todos os dias, até que o descubras por ti.)

Beijinhos,
Da mamã


terça-feira, 30 de junho de 2015

Da multiplicação dos Euros

O João agora tem uma carteirinha para os seus Euros e volta e meia lá tem autorização para fazer uma compra... cartas invizimals ou parecido! Um destes dias animou-se e decretou: "a partir de agora sou eu que pago as minhas coisas todas!". Quando o alertei para o facto de assim ficar rapidamente sem dinheiro não se sentiu nada ameaçado: "mas, oh mãe, tu não vês que eu dou o dinheiro mas recebo o troco!"

(!?! algo me diz que temos de reforçar esta parte da matéria!)

Do tempo

Querido João,

Perdemo-nos em conversas: quer recordando um passado que já existe, quer projectando o futuro. Tu fazes descrições pormenorizadas - fazendo uso ora da tua memória prodigiosa, ora da tua promissora criatividade - e eu perco-me me cada palavra que articulas. Cresceste tanto! Depois adormeces e a linha formada pelos teus olhos fechados ajuda a desenhar o teu rosto de bebé. Ainda és o meu bebé!

E é este o tempo que me encanta: o tempo em que me perco, em que me encontro e em que te sinto perto.

Beijinhos,
Da mamã

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Das peripécias do primeiro dia de praia

"Mãe, sabes o que é que eu trouxe nos calções laranja? Pilau e rabo! Tive de tirar os calções de banho porque estavam encharcados!"

(os "calçoes laranja" são os exteriores. e lá tive de engolir o riso: pelo menos uma parte dele!)

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Da nova etapa (e de quando uma imagem nos inspira!)

Eles "" vão para a escola primária. Vão dar um passo em frente. Vão começar um caminho - longo, é certo! - que os vai levar longe. Vão enriquecer muito. Vão enriquecer todos os dias. Vão ganhar autonomia. Vão viver mais!

(só vão para a escola primária e eu balanço entre o entusiasmo, a alegria e a emoção: tudo bons sentimentos! e que esses braços abertos e essas saudades perdurem!)

sábado, 20 de junho de 2015

Dos sentimentos

Às vezes as lágrimas que vejo são de alegria e apetece-me multiplicá-las, outras vezes são de tristeza e apetece-me secá-las!

(e estas são vontades indomáveis e que permanecem em mim!)

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Da sã loucura

Gosto de pessoas com uma dose q.b. de loucura. Na verdade gosto de pessoas que até ultrapassam essa dose. Para mim a loucura só poderá ser má quando prejudicar alguém, enquanto essa linha não for ultrapassada a loucura fica a cargo de cada um de nós. Para muitos pode parecer loucura ir para o meio da rua cantar e dançar, mas para nós, os loucos de serviço ontem ao final do dia, foi apenas uma forma de expressão! Queríamos deixar uma mensagem e fizemo-lo de uma forma muito divertida: para nós, para a destinatária e para as redondezas. No fim desta nossa para-muitos-loucura creio que todos à nossa volta estavam mais bem dispostos.. então? Então, nada a acrescentar: que se repitam estas loucuras!

(tenho a sorte de pertencer a vários grupos de pessoas loucas: muitas das vezes as pessoas são as mesmas e juntam-se num ou noutro grupo conforme as motivações do momento: são os loucos do meu trabalho; são os loucos do teatro; são os loucos da parentalidade positiva; são os loucos da sala do João.. faço por pertencer a muitos destes grupos: todos os que posso! tenho a sorte de pertencer a vários grupos de pessoas sãs!)

terça-feira, 9 de junho de 2015

Das histórias que nos fazem rir

coisas que o tempo não pode mesmo apagar: entre essas coisas estão as histórias que nos fazem rir!

História 1
João: vocês sabem aquilo, a rótula das cebolas? Sabem que o marido da Q. este ano vai tocar outra vez na rótula das cebolas?
História 2
 João: mamã, sabes que o S. hoje disse um palavrão! sabes o que é que ele disse? "uatafoooolque"!
História 3

Já deitado, e porque a janela estava aberta tal o calor, começamos a ouvir barulho da rua; era um barulho ritmado que fazia lembrar o deslocar de caixas metálicas. O João queria saltar da cama, tipo mola, para ver do que se tratava e eu tentei travá-lo para que o sono não fugisse:

João: vou ver o que se passa;
mamã: não vais nada, João, devem ser os senhores do supermercado a descarregar compras nalgum vizinho;
João: qual supermercado?
mamã: do C!
João: e por acaso achas que se ouvia aqui? achas?

(e estas 3 também já ficam guardadas!)

domingo, 7 de junho de 2015

Dos objectivos

E este foi o fim-de-semana do João aprender a saltar à corda! Está radiante!

(quis aprender na 6.ª-feira: aprendeu na 6.ª-feira! esta determinação bem aproveitadinha é que era! ;-) )

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Do que fica da noite da criança 2015

E deste dia, ou desta noite, como preferirmos, há a guardar 2 inéditos.

Falamos de "fama":
João: Pai, estás mesmo famoso!
Pai: Famoso? 
João: Sim! Porque é que estás com tanta fome!? 
E de luas:
João: Olhem, hoje está lua cheia; no outro dia estava lua quarto semibreve. (!?!?)
E quando nos ouviu comentar "temos de escrever estas!", ainda rematou com classe "mãe, tens de escrever isto no teu blog"! Assim fiz!

Do ser criança

Querido João,

Nunca deixes de ser criança nem de acreditar que é o sonho que comanda a vida!

Diverte-te: aconteça o que acontecer!

Beijinhos, da mamã.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Das emoções (as minhas)

As coisas são o que são e não tem de haver uma explicação para tudo. Às vezes não há.

A TSF tem andado a promover uma reportagem que passará hoje ao final da tarde: "mercado dos homens", sobre os moldes das contratações do trabalho à jorna no Alentejo dos anos 40. Até aqui tudo bem: não é um tema que me interesse sobremaneira pelo que tenho andado a ouvir, mais ou menos indiferente, ao ritmo que a TSF decide passar o destaque. Hoje ouvi exactamente a mesma coisa e tive de segurar uma lágrima ao ouvir um "delicados são os teus olhos / que namoram por sinais", e isto a propósito das emoções vividas nos arrozais. Não a segurei por nada em especial, nem por me custar que ela caísse, mas naquele momento pareceu-me um tanto a despropósito; se calhar não era!

(as coisas são o que são e não tem de haver uma explicação para tudo!)

domingo, 24 de maio de 2015

Eu e tu

Num destes dias o João fez 6 anos e o dia foi inteiramente dele. E nosso. Foi também nosso em cada olhar cúmplice que trocamos e que ambos sabemos dizer que já não existe "nós" sem ele! O João é o "furacão" da nossa vida e já poucas coisas se mantêm naquele estado "morno e doce" de outros tempos: de repente tudo escalda!

Num destes dias o João fez 6 anos e nós, no fim da festa e da agitação do dia, conseguimos um arzinho "morno e doce" quando, de passagem pelo sofá, recordamos os olhares de outros tempos! Sim, esses que ainda hoje nos fazem rir!

("nós" somos "nós" mas há um "eu e tu"! E hoje voltamos a sabê-lo quando precisei de te dizer "tenho boas e más notícias" e a notícias era apenas uma ;-)!)

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Dos 6 anos

Querido João,

Apesar de sentir que sempre te conheci e que sempre exististe em mim, faz hoje 6 anos que te abracei pela primeira vez (e a minha vida nunca mais foi a mesma!)

PARABÉNS, filho - melhor bocadinho de mim, melhor bocadinho de nós! E já sabes: aconteça o que acontecer, DIVERTE-TE!

Beijinhos da mamã.

(e hoje, é nos teus olhos que me perco e no teu sorriso que me encontro!)

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Das somas perfeitas





7 de Maio de 2005 
4
+
João
+
6
 


... umas vezes reforçando-as, outras equilibrando-as!
 
Somos diferentes: não há como não reconhecer! Começamos por ser de planetas distintos - tu de Marte, eu de Vénus - e depois ainda há tudo em que me "bates aos pontos": na organização, na persistência, na determinação, no jeito para a bricolage e na objectividade! O que seria de mim sem ti?! Andaria sempre na lua! Depois chego eu e todo esse teu pragmatismo é abalado pelo meu mundo de "utopia" e "sonho", como lhe chamas! Para mim a vida - a nossa vida - resumir-se-ia a "um amor e uma cabana" (e ainda continuo a acreditar que também seriamos felizes assim!). No feitio, eu ganho-te. Também te "bato aos pontos" na subjectividade. O que seria de ti sem mim? ;-)

Como vês, completamo-nos: nas ideias e neste nosso jeito de ser! 

("que nunca caiam as pontes entre nós"!)

terça-feira, 5 de maio de 2015

Deste meu sentir-me mãe

Querido João,

 No Sábado de manhã deste-me esta mini-Minie com um autêntico "feliz dia da mãe".

Agradeci com toda a pompa mas, tonta, não resisti a corrigir-te quanto ao dia que o calendário dita ser o dia certo para celebrar a mãe. Sabiamente respondeste-me que o dia da mãe pode ser sempre que nos apetecer. E é!

 





(obrigada FILHO, por fazeres de mim MÃE e por encheres o meu coração (e as nossas vidas) de todas estas cores: as mesmas que usaste nesta tela!)


Beijinhos,
Da mãe
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sábado, 2 de maio de 2015

Das ideias soltas (quando o círculo se fecha)

Há dias li algo que me fez pensar: em tempos idos escrevíamos num diário, fechávamos a sete chaves e vivíamos aterrorizados com a simples ideia de alguém o ler; agora, escrevemos num blog, espalhamos aos sete ventos e ficamos chateados se ninguém ler! Era mais ou menos isto e, apesar de não seu muito o meu caso, faz-me todo o sentido esta reflexão. Nestes últimos dias até escrevi por aqui, mas acontece que os posts não chegaram a sair dos "rascunhos": já não vão sai, mas serviram-me - e muito - para alinhar umas quantas ideias que andavam p'raqui desacertadas comigo. Foi como se escrevesse no tal diário: sem necessidade de espalhar aos sete ventos e sem necessidade das sete chaves.

E assim chegamos a Maio: mês maior no meu calendário!

domingo, 19 de abril de 2015

Das histórias (inocentes) que me fazem rir

Vai-se lá saber por alma de que santo, o João quer - porque quer - umas chuteiras e umas caneleiras! O gosto pelo futebol não é novo é já o levou a conquistar umas luvas de guarda-redes e uma braçadeira de capitão mas daí até às chuteira e às caneleiras vai um passo de "profissionalização" que não entendemos. Entendido ou não, a verdade é que este tem sido um pedido recorrente. A novidade, essa, veio esta tarde...

... depois de um pontapé, meu, mais certeiro ouço um "mamã, achas que existem pileiras?"!

(e sim, fez-me rir!)

sábado, 18 de abril de 2015

Das dores de crescimento

Querido João,

Estás à porta de fazeres 6 anos e já não és o nosso bebé; pelo caminho foste/vais perdendo a tua inocência e muita da tua meninice. Perguntamos-te muitas vezes se aquele menino que nós conhecíamos vai voltar e tu prometes - invariavelmente - que sim: que volta! Sabemos que não: a vida é um caminho em frente, sem volta atrás 😉.

(vemos-te crescer e o orgulho não cabe no peito; sabemos do amor que nos tens e a nossa alegria não cabe no peito; vemos-te feliz e o sentimento de realização não cabe no peito mas há momentos..... bem, há momentos em que só queríamos o nosso "bebé" de volta! e estas devem ser as nossas dores do teu crescimento!)

terça-feira, 14 de abril de 2015

Da precisão

Deixei escapar um "sabes, João, estou cansada; dói-me o corpo todo!" e foi precisamente nesse instante que se impôs a necessidade de precisar o que eu tinha acabado de dizer:
João: dói-te a cabeça?
mamã: não, doem-me as pernas;
João: dói-te os braços?;
mamã: não, João, só me doem as pernas!;
João: então não te dói o corpo todo!
(tenho dito! e de questão em questão chegamos lá: à verdade!)

domingo, 12 de abril de 2015

Dos Invizimals

Já que nos estão a entrar pela casa dentro, então vamos lá ver se nos entendemos quanto a regras!

(nada fácil! nada fácil!)

sábado, 4 de abril de 2015

Da vida

Tarde de Sábado. Tarde de sol. Ida ao parque.

Enquanto os homens se divertem atrás de uma bola, eu sento o rabo no chão, aproveitando ao limite uma árvore próxima: a sombra para me refrescar e o tronco para apoiar as costas. Um livro que me prende mas não o suficiente para um ou outro desvio de olhar. Em meu redor, vida em estado puro: crianças que dão os primeiros passos; crianças que aprendem a andar de bicicleta; crianças que correm atrás de uma bola; crianças que simplesmente correm divertidas! Risos, muitos risos! Muitas quedas e muitos "levantar e seguir em frente". That's it!

(a vida aberta ao mundo faz mais sentido!)

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Dos valores

Os dias de trabalho têm sido muito exigentes ao nível das emoções. Boas. Más. Todas no limite! No meio disto tudo a prova de que nos negócios - felizmente - não vale tudo; de que a ética, o sentido de responsabilidade e a integridade valem muito. E apesar de tudo - e por tudo - um orgulho imenso por fazer parte deste grupo de pessoas: as pessoas de bem!

(sou das que choro: por tudo e por nada e também no trabalho, porque só sei viver desta
forma. com emoção. hoje - apesar de tudo - emocionaram-me e mostraram-me o valor dos valores certos!)

domingo, 22 de março de 2015

Das conversas possíveis entre avó e neto

Hoje, em casa dos meus pais, o João convenceu o pai e o tio a irem jogar futebol; para marcarem as áreas era preciso giz e lá vai o João pedir à avó.

João: avó, tens giz?
Avó: acho que há aí qualquer coisita;
João: Giz!
(oh avó, "qualquer coisita" não serve: eu quero mesmo é giz!)

quinta-feira, 19 de março de 2015

Da felicidade (em jeito de confissão)

Querido João,

Digo muitas vezes - em diferentes cenários e contextos - que sou feliz; sei que corro o risco de ser incompreendida e até mal interpretada, mas para mim é simples e quero que saibas porquê.

Sou feliz porque vivo num país livre e tolerante: imperfeito, será, mas livre e tolerante e com um sol radioso e ventos amenos e com km e km de costa onde os nossos olhos se perdem; sou feliz porque respeito e sou respeitada; sou feliz porque vejo e sinto para além do meu umbigo; sou feliz porque amo e sou amada; sou feliz porque existes; sou feliz no aconchego do nosso lar!

Sou feliz talvez, também, porque o procure e porque me basta esta felicidade! 

Se um dia puderes, aceita esta felicidade: assim, só, simples, livre! Estarei a ver-te feliz!

Um beijinho,
Da mãe

(um destes dias perguntaste-me: "mamã, porque é que costumas estar sempre a rir e agora estás triste?" aproveito para te explicar: a tristeza também cabe dentro da felicidade; cabe dentro desta minha felicidade! e também te digo que acredito que "a vida é como os interruptores: ora para cima, ora para baixo"... no teu futuro esta expressão talvez não tenha o enquadramento que lhe damos hoje: farei com que tenha mas se por acaso me esquecer faz uma pesquisa por aí... pelos "Google" da tua vida!)

quarta-feira, 18 de março de 2015

Desta coisa das voltas ao sol

A propósito destas coisas das voltas ao sol - e porque acabei de completar mais uma - ouvi dizer: "o que é preciso é mais um ano com saúde e o resto é cantiga!". No meio da conversa fui levada a concordar ("é isso mesmo", digo a dada altura). Pára tudo! é que não é nada "isso mesmo": o "RESTO" é - tão somente - a VIDA!

(há que encher os nossos dias - todos - de emoções e de sentido!)

domingo, 1 de março de 2015

Das confusões da mãe

Íamos no carro a falar sobre "idades" e diz o João de repente: "mãe, tu vais fazer 41 anos!". Concordei, claro, ainda por cima falta pouco... e continua ele: "o que é que sentes?".

Pára tudo: vou mesmo ter esta conversa, elevada, aos 5 anos do meu filho? Será que isto é porque já lhe caiu um dente? A resposta às minhas inquietações não tardou: mal começo a explicar que me sinto bem e que não me importo de ter 41 anos sou interrompida "não, mãe, o que é que sentes nas costas?".

Resumindo: ia sentado no banco atrás de mim e estava a empurrar-me o banco com as pernas! Afinal era só isto!

(daaaaahhh!)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Das novas músicas

Tudo começou com a "máquina zero" - a propósito da novidade do João não gostar de cortar o cabelo! Vieram as "estrelas no céu" e o "Chico Fininho", a reboque de um Rui Veloso que até - também - é guitarrista! O pedido não se fez esperar: "mamã, posso ouvir? Posso? Tu tens?"

Por acaso até tenho, apesar de hoje estar tudo à distância de um click, e ficou combinado para hoje de manhã. Antes de sairmos de casa lá peguei no prometido CD - um dos do Rui Veloso que moram cá em casa - para ouvirmos no carro. O pedido expresso era para ouvir "eu não quero ir à máquina zero" mas não tinha no CD que levei e lá o convenci com o Chico Fininho que "também é muito gira", tentei eu! E convenci-o.... só não me lembrei da "merda na algibeira" nem da "caganeira" e agora encolho-me toda enquanto ouvimos a música em modo non stop!

(como diz o Rui, estamos à espera do momento em que o João nos pergunte o que é algibeira!?!)

Da espuma dos dias

Falo ao telefone com um fornecedor, cumprindo uma função. Muito mais do que a mera obrigação! Conversa puxa conversa e o meu interlocutor lá me afiança que - "já", diz-me ele - tem 70 anos! Nem de perto o imaginava: voluntária ou involuntariamente sempre construímos uma imagem para quem apenas conhecemos a voz e, neste caso, a imagem andava longe! Nada muda; a conversa prossegue e acaba num meu "é isso mesmo, e como diz a canção: enquanto houver estrada para andar a gente vai continuar!" Recebo de volta a confirmação do "dono" desta convicção que é - cada vez mais - também minha!

(fico sempre feliz quando noto que a genialidade do Jorge Palma atravessa gerações!)

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Das (novas) confusões da fonética - ii

Numa outra confusão da fonética diz-me o João: "mamã, sabes como é que a avó diz 'roupão'? Diz 'rópo'". Lá lhe expliquei que não, que ele tinha percebido mal e que o que a avó dizia era 'robe', que é outra forma de dizer roupão. Compreendeu, e - apesar de já saber algumas coisas sobre sinónimos - atalhou de imediato um "ah, é em inglês?".

(não, filho, não é em inglês!)

Das (novas) confusões da fonética

Ontem de manhã deixei a água a correr enquanto o João lavava os dentes - queria amorná-la um bocadinho para a "quebrar da friura" - e é então que ouço algo que me pareceu um eco mas.... distorcido: "mamã, não espreguices a água!".

(é parecido!)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Dos dias especiais

Querido João,

Foi hoje (19.02.2015)! Depois de tanto fantasiares à volta deste momento, eis que aconteceu: um primeiro dentinho deu lugar a espaço vazio que te (des)compõe o sorriso e que - passada a confusão inicial - exibes com graça e meninice; algumas palavras saem, agora, mais sibilantes e os teus olhos sorriem num misto de orgulho e de "missão cumprida"!

Nós? Bem: nós vemos-te crescer, como tem de ser!

Beijinhos dos papás

(tu próprio o tiraste, na escola, e sabemos que este dia "mexeu" particularmente contigo; talvez ainda não saibamos todos os (teus) porquês, mas sabemos que já os resolveste no teu coração!)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Da explosão de cores pela casa

Teria sido bem mais divertido se as cores não fossem o preto e o branco, quais aprendizes de cinzento (mas teria sido bem menos divertido se tivessem atingido paredes: estamos quites 😉!)

(ai o Carnaval, o Carnaval!)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Dos dias parados

Há dias assim: dias em que eu não sonho e em que o (meu) mundo não pula nem avança!

(hoje foi um dia parado; "ora bolas" para os dias parados!)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Do que me desarma (ao mesmo tempo que me faz sentir a pessoa mais forte deste mundo)

Querido filho,

Estás a crescer tanto; tão depressa; tão seguro; tão curioso; tão atento; tão sensível; tão nosso!

(tens 5 anos; és o Maior!)

Do Janeiro, dos desejos e da necessidade de os recordar


Em dias como o de hoje um chá e uma bolacha Maria pode muito bem ser o melhor dos lanches.



O ano começa sempre com as expectativas em alta: os desejos, a vontade e a esperança - cega - de que por virarmos a página de um ano tudo será miraculosamente diferente. Depois vem Janeiro - que até tem o dia mais triste do ano, segundo dizem os estudiosos -, as gripes; a correria de sempre (ainda mais potenciada pelas gripes); e com ele a descrença: afinal não há milagres! Pois claro que não, mas vamos lá voltar a pôr os desejos, a vontade e a esperança - já menos cega - no topo da lista, sim?

Passei Janeiro quase sem escrever por aqui; sinto-lhe a falta e sei que ficaram muitos momentos por registar: já voaram! Recordo-me agora, pela curta distância, das peripécias da manhã de ontem e da manhã de hoje; aqui ficam, antes que voem também..

Ontem foi um daqueles dias em que, logo pela manhã, me sentia "um trapo": ia a conversar sobre isso mesmo com o João e decidi parar por ali o carro para pôr um bocadinho de batom. O João adora estas coisas e deu logo palpites sobre qual deveria ser; dei duas voltas à carteira e não encontrei nenhum batom para além do batom do cieiro; "quando não temos cão, caçamos com gato"; decidi colocar um bocadinho de batom do cieiro, para enganar, e ouço o entusiasmo do João: "mamã, mas que gira que tu estás!"

(vale ou não vale a pena procurar melhorar o dia?)

Já andava desconfiada de que o meu carro está a precisar de uma nova bateria mas hoje tive a certeza: enquanto o ligava diz o João: "mamã, tu precisas de um carro novo: taca-taca-taca!!"

(e vão assim os dias: taca, taca, taca!)

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Dos momentos hilariantes

Às vezes acontecem momentos assim: uma das partes brinca, claramente, e a outra não entra no espírito...

O João começa a tirar as botas para se esticar no sofá... e assim começa o dialogo:
mamã: João, não tires as botas que temos de ir para a cama;
João: mamã, são só as botas!
mamã: mas tu não costumas dormir de botas, João?
(o João abana séria e freneticamente a cabeça e eu não resisto!)
mamã: não, mesmo, João?
João (já um pouco preocupado e com as botas na mão, mesmo à frente dos meus olhos): mamã, são estas botas!
mamã (já desfeita em riso): eu sei, filhote, estou a brincar contigo!
João: oh mãããeee! (tipo: ufaaaaa..) 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

De como fico baralhada

Hoje o João foi comigo ao pilates. Ao sair do carro reparei que me tinha esquecido de deixar o computador portátil em casa e decidi levá-lo connosco para a aula. O João estranhou, claro, e questionou espantado: "vais levar o computador? Porquê?". A partir daqui é que fiquei baralhada...

mamã: olha, João, porque podem andar por aí pessoas más e que o podem roubar;
João: tipo, ladrões?
mamã: isso mesmo, João; não sabia que já tinhas ouvido falar de ladrões...
João: sim, ouvi, mas os ladrões não existem, são como os fantasmas: também não existem, são apenas fruto da nossa imaginação! 
(não o quis assustar e não desmistifiquei, mas vou ter de lhe explicar que "fantasmas" e "ladrões" não são bem a mesma coisa... e que os ladrões existem mesmo!)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Dos atrasos

Não há como contornar: de manhã sai sempre um "João, vamos lá filho, senão atrasámo-nos!" (felizmente gerimos o tempo para que esta frase saia sempre de forma calma e controlada). Já no carro o locutor da TSF alerta para que "faltam 5 minutos para as 9h00" e nessa altura o João suspira "oh mamã, desculpa, eu atrasei-me a dormir!"

(é uma forma de ver as coisas! talvez acelerar o SONO ajude.)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Dos momentos felizes; das coisas pelas quais somos gratos; da vida

Qualquer uma das expressões usadas no título serve para resumir o objectivo deste frasco - ainda - vazio.

A ideia não é nova nem é minha mas este ano decidi preparar-me para a seguir. Parece simples: basta "atirar aqui para dentro" o que queremos recordar mais tarde! Assim de repente quase parece que não o sei fazer mas, em todo o caso, estou pronta!

O ano conta apenas com 5 dias e, para já, vou guardar no frasco um momento inspirador deste 2015: ver o fogo de artifício no Porto às 00h00 do dia 1 - cá com a minha malta e com mais uma pequena multidão que nos fazia companhia - a ouvir o "Muda de Vida", do António Variações!

(um bem-haja ao dono da ideia.. algo ousada, até, eu diria!)