sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Do Janeiro, dos desejos e da necessidade de os recordar


Em dias como o de hoje um chá e uma bolacha Maria pode muito bem ser o melhor dos lanches.



O ano começa sempre com as expectativas em alta: os desejos, a vontade e a esperança - cega - de que por virarmos a página de um ano tudo será miraculosamente diferente. Depois vem Janeiro - que até tem o dia mais triste do ano, segundo dizem os estudiosos -, as gripes; a correria de sempre (ainda mais potenciada pelas gripes); e com ele a descrença: afinal não há milagres! Pois claro que não, mas vamos lá voltar a pôr os desejos, a vontade e a esperança - já menos cega - no topo da lista, sim?

Passei Janeiro quase sem escrever por aqui; sinto-lhe a falta e sei que ficaram muitos momentos por registar: já voaram! Recordo-me agora, pela curta distância, das peripécias da manhã de ontem e da manhã de hoje; aqui ficam, antes que voem também..

Ontem foi um daqueles dias em que, logo pela manhã, me sentia "um trapo": ia a conversar sobre isso mesmo com o João e decidi parar por ali o carro para pôr um bocadinho de batom. O João adora estas coisas e deu logo palpites sobre qual deveria ser; dei duas voltas à carteira e não encontrei nenhum batom para além do batom do cieiro; "quando não temos cão, caçamos com gato"; decidi colocar um bocadinho de batom do cieiro, para enganar, e ouço o entusiasmo do João: "mamã, mas que gira que tu estás!"

(vale ou não vale a pena procurar melhorar o dia?)

Já andava desconfiada de que o meu carro está a precisar de uma nova bateria mas hoje tive a certeza: enquanto o ligava diz o João: "mamã, tu precisas de um carro novo: taca-taca-taca!!"

(e vão assim os dias: taca, taca, taca!)