sábado, 16 de fevereiro de 2013

De como se matou a ilusão...

Já por aqui o referi: na minha vida profissional actuo de forma mais ou menos activa ao serviço do sistema fiscal. Sou técnica oficial de contas, vulgo TOC :-), e embora já não exerça a título principal, ainda marco presença nas decisões.

No exercício da minha actividade sempre pugnei pela verdade dos factos, pelo cumprimento das obrigações fiscais e pela justiça fiscal. Tive sempre a sorte, e ainda tenho, de trabalhar ao lado de quem partilha estes princípios e os pratica religiosamente.

Nos dias que correm, é de tristeza o meu sentimento! Porque já pouca coisa faz sentido! Já pouca coisa vale a pena!

(tempos difíceis estes... e o nosso sistema fiscal, "cego, surdo e mudo", a actuar em contravapor!)

E estou triste, claro! Triste e com muito pouca esperança. 

(e é por tudo isto, e pela falta de oportunidades, que sou forçada a pensar: bolas, salve-se quem puder e como puder!)

p.s. pequeno acrescento...

Não alienei os meus princípios. Agora quando o que está em causa é a luta pela sobrevivência e pela salvaguarda de postos de trabalho, deixo ao critério de cada um agir como entender, como puder. Eu não serei fiscal!

(o que não quer dizer que não ache que todos devem agir de forma responsável, honesta e com integral respeito pelas suas obrigações de contribuintes e de cidadãos. Claro que devem!! E eu assim faço e farei... Fica mais fácil para todos!)